Tudo Pronto: há 40 anos realizamos em Campina “O Maior São João do Mundo”
Foto: Josenildo Costa
A 49ª sessão ordinária da 3ª sessão legislativa da Câmara Municipal de Campina Grande, realizada nesta quinta-feira (1º de junho) em formato híbrido, presidida por Fabiana Gomes (PSD) e secretariada inicialmente por Saulo Noronha (SD) em seguida por Carol Gomes (UNIÃO), contou com a presença de 19 vereadores.
O São João de Campina Grande chega aos seus 40 anos, é uma das festas mais tradicionais e animadas do Brasil e tornou-se conhecida como “O Maior São João do Mundo” devido à grandiosidade e importância das comemorações juninas que acontecem todos os anos.
O São João de Campina Grande é comemorado durante trinta dias, e nos dias de hoje a festa atinge seu ápice, todos os dias do evento. Milhares de pessoas se reúnem no Parque do Povo, um espaço especialmente montado para abrigar os festejos, que se transformam em um verdadeiro arraial com diversas barracas, palcos e uma decoração típica.
A festa junina de Campina Grande é conhecida por sua programação diversificada, que inclui apresentações de artistas famosos do forró, quadrilhas juninas, comidas típicas, concursos de quadrilhas, vários palcos de danças e muito mais. Os shows musicais são um dos grandes atrativos, trazendo artistas de renome nacional e regional, além de bandas e trios de forró pé de serra, xote e outros ritmos tradicionais.
As quadrilhas juninas, os grupos de danças folclóricas e os trios de forró são uma tradição muito forte nessa festa. Grupos de dançarinos ensaiam durante meses para apresentar coreografias elaboradas, com figurinos coloridos e temáticos que retratam a cultura nordestina. Os concursos de quadrilhas são disputados e atraem muitos espectadores, que se encantam com a beleza e animação das apresentações.
A gastronomia também é um ponto alto do São João de Campina Grande. Durante a festa, é possível saborear delícias típicas como canjica, pamonha, milho verde, tapioca, bolo de milho, além de pratos salgados como a famosa carne de sol com macaxeira. As barracas espalhadas pelo Parque do Povo oferecem uma grande variedade de comidas e bebidas para todos os gostos.
A cada ano o evento se transforma e busca melhorias no cuidado da gastronomia, segurança e acessibilidade, dentro e na área externa próxima ao evento.
Além das festividades no Parque do Povo, o São João de Campina Grande se estende por toda a cidade. Bairros, escolas e instituições organizam suas próprias festas, promovendo um clima de alegria e confraternização entre os moradores. É comum ver casas decoradas com bandeirolas, fogueiras acesas e famílias reunidas para celebrar essa tradição.
O São João de Campina Grande é uma experiência única, que une a cultura nordestina, a música, a dança e a gastronomia, proporcionando momentos de diversão e celebração para todos os que participam. Seja você um turista ou um morador, essa festa certamente deixará lembranças inesquecíveis e vontade de voltar todos os anos para reviver essa tradição tão querida.
Campina Grande recebe o turista de braços abertos e juntos participam do seu maior evento que comemora a colheita do milho a cada ano.
“MSJM SEUS DIREITOS E DEVERES DE ARENA”
Bruno Faustino (PTB) iniciou sua fala parabenizando a imprensa pela data comemorativa. Em seguida, ele trouxe à tona a situação dos ambulantes que estão protestando para comercializar no entorno das festividades do Maior São João do Mundo. Os ambulantes foram removidos de seus locais de trabalho ao redor da festa e transferidos para o Parque Evaldo Cruz, que segundo o vereador, é um local de pouca movimentação e prejudicará aqueles que exerciam esse trabalho há mais de 30 anos.
Ele aproveitou a oportunidade para parabenizar o governo do Estado por assinar contratos com todos os barraqueiros, buscando uma parceria que garantisse o aporte financeiro necessário para que esses trabalhadores empreendedores pudessem exercer o comércio durante a festividade.
Alexandre Pereira (UNIÃO) em relação aos ambulantes e ao Maior São João do Mundo, o vereador reconheceu a importância da festa, mas destacou a necessidade de ações concretas, uma vez que todos os anos há problemas enfrentados pelos ambulantes que se sentem excluídos da festividade.
A grande dificuldade atual reside nos comerciantes que ficam na lateral da pirâmide do Parque do Povo, os quais foram impedidos pela empresa de se instalarem no local na segunda-feira. Alexandre Pereira (União), ressaltou que se os trabalhadores receberam a autorização da prefeitura para ocupar o espaço e exercem suas atividades há 20 ou 30 anos, mas foram barrados pela empresa, é preciso tomar alguma medida. Neste sentido, ele propôs a criação de uma lei, que já está preparada, para garantir que trabalhadores que comprovem exercer a função há mais de 20 anos não sejam retirados do entorno do local ou sejam enviados para um local adequado, que não cause problemas no comércio.
O vereador questionou a alegação do Corpo de Bombeiros de que os comerciantes estariam obstruindo a saída de emergência, quando na verdade foi instalado um poste que dá acesso à rua. Ele questionou qual elemento é mais obstrutivo, as barracas ou o poste. Por fim, reforçou novamente que não é contra o São João e acredita que o modelo atual é excepcional para a economia. No entanto, apresentará um requerimento para convidar o coronel, o diretor da empresa responsável, o Corpo de Bombeiros, a SESUMA (Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente) e a secretária de desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia e outros atores, com o objetivo de resolver essa situação de uma vez por todas.
Anderson Almeida (MDB) destacou a importância do Maior São João do Mundo para a cidade de Campina Grande, enfatizando que essa festa é uma marca e uma celebração do povo local. Ele ressaltou que a construção da marca do Maior São João do Mundo foi possível graças aos recursos provenientes dos impostos pagos pela população de Campina Grande.
O vereador questionou se as empresas teriam coragem de investir na festa quando ela ainda era apenas um sonho e não gerava lucro. Ele argumentou que nenhum empresário estaria disposto a investir caso a marca do evento não se vendesse por si só, o que evidencia a importância e o valor que o Maior São João do Mundo conquistou ao longo dos anos.
Por fim, o vereador reforçou que o poder público deve receber o retorno da festividade para investir em políticas públicas, ao invés de privatizar toda a festa. Em contrapartida, disse que o governo do Estado está investindo em Campina Grande 9 milhões e trazendo o ‘Programa Empreender’.
Jô Oliveira (PCdoB) levantou questionamentos sobre a falta de equilíbrio entre o investimento realizado no Maior São João do Mundo e o retorno para a gestão municipal de Campina Grande. Ela ressaltou que, no mínimo, os recursos investidos deveriam ser recuperados.
Pimentel Filho (PSD) deu continuidade ao tema e abordou a preocupante diminuição anual do número de ambulantes no maior São João do Mundo em Campina Grande. Ele expressou a sua decepção ao observar que foi dada preferência a uma barraca da Brahma no meio da festividade, que impede a participação do povo e dos comerciantes locais e impede a visão do palco. Por fim, disse que iria subscrever o projeto do vereador Alexandre.
TRIBUNA
Waldeny Santana (UNIÃO) iniciou a sua fala expressando a sua indignação e revolta com a Agência Municipal de Desenvolvimento Econômico (AMDE), diante da negativa de uma loja na Vila do Artesão, para que o Instituto Vavá do Resgate pudesse expor e realizar a venda dos artesanatos que são produzidos pelos dependentes químicos que são abrigados pela instituição. O vereador discordou da decisão, visto que poderia promover renda para a instituição e disse que não faz parte desse tipo de política.
Sobre o complexo multimodal do Aluízio Campos, o vereador acrescentou que está oficializando um pedido ao senador Veneziano Vital do Rêgo, de destinação de recursos para a implantação de uma unidade de atendimento no local. E mais uma vez destacou as ações do senador na cidade, enquanto prefeito de Campina Grande.
Jô Oliveira (PCdoB) levantou questões relacionadas às subvenções sociais das entidades de assistência social vinculadas à Secretaria Municipal de Assistência Social. Ela mencionou que se tem uma lista das instituições que possuem valores defasados. Jô Oliveira ressaltou a importância das entidades receberem o pagamento que lhes é devido, uma vez que precisam planejar como aplicarão os recursos recebidos.
Bruno Faustino (PTB) mencionou o Restaurante Popular do Distrito dos Mecânicos, ressaltando que a estrutura do restaurante está pronta e em condições de ser utilizada há um ano, porém, até o momento, encontra-se fechado. Ele criticou a falta de providências do poder executivo municipal para colocar o restaurante em funcionamento, especialmente em um local com várias lojas e trabalhadores no distrito dos mecânicos. Destacou que a unidade conta com 26 colaboradores e, mesmo estando tudo pronto há um ano, não consegue servir uma refeição à comunidade.
SAÚDE
Rostand Paraíba (PP) informou que protocolou um requerimento solicitando um Posto de Saúde da Família para Porteira de Pedra (em Santa Terezinha). A justificativa da propositura, é que segundo o vereador, o posto que funciona no local é alugado há mais de 20 anos. O vereador registrou os serviços asfáltico da Rua Chile, no bairro do Monte Castelo, que estão sendo realizados e fez cobranças de outras ruas e praças para a localidade.
Por fim, a vereadora compartilhou suas preocupações em relação à saúde na cidade, mencionando que o Programa Previne Brasil classifica Campina Grande em último lugar no ranking. Ela enfatizou a importância do diálogo com a população, especialmente quando se trata de estratégias de saúde familiar e dos impactos diretos que podem ocorrer em relação ao atendimento.
Pimentel Filho (PSD) pela liderança, complementou a fala da vereadora Jô com relação ao ranking do Programa Previne Brasil e da classificação de Campina Grande. Nesse sentido, Pimentel disse que é de responsabilidade da Casa Legislativa, que autoriza os recursos para o orçamento do município, ouvir as explicações da gestão municipal. Ele fez um requerimento verbal para que a Mesa Diretora e Comissão de Saúde, convidasse o secretário de saúde municipal para explicar a situação.
RESPOSTA DO GOVERNO
Alexandre Pereira (UNIÃO) relatou sua visita ao bairro Santa Terezinha, onde a população o procurou para tratar do recadastramento realizado pelos agentes de saúde local. Ele destacou que a grande dificuldade encontrada tanto nesse bairro quanto no conjunto Antônio Alves Pimentel está relacionada à incerteza sobre a cidade a que pertencem. Por esse motivo, está sendo realizado o recadastramento, e segundo informações recebidas, a unidade de saúde aguarda apenas a liberação para iniciar a reforma no bairro Santa Terezinha.
Alexandre explicou que no recadastramento, é identificado o local de votação do cidadão, e se ele votar em outro município, seu cartão do SUS fica vinculado a esse outro município e não à Campina Grande. Portanto, os cidadãos que não votarem em Campina Grande serão recadastrados no município de sua votação.
Fonte: DIVICOM/CMCG