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Na linha de frente, ucranianos se preparam para possível ataque da Rússia

A cerca de 500 metros de separatistas apoiados pela Rússia, um grupo de soldados ucranianos espera por uma luta que certamente está por vir.

E parece que eles estão estranhamente tranquilos com tudo isso, de acordo com o fotógrafo Timothy Fadek, que passou um tempo com esses homens, nessa sexta-feira (21), na linha de frente na região leste de Luhansk, na Ucrânia.

“Eles abraçaram a inevitabilidade”, diz Fadek. “Estava conversando com um dos soldados e ele disse: ‘É inevitável. Nós aceitamos a inevitabilidade de um ataque.’ E então houve uma pequena discussão entre dois soldados e um deles falou: ‘Os russos não atravessarão a fronteira, eles atacarão do mar’, referindo-se ao Mar de Azov. Outro soldado discordou dessas duas avaliações e argumentou que, não, ‘o ataque virá da Bielorrússia.’”

  • 1 de 11 Um soldado ucraniano aponta para um cachorro em uma trincheira da linha de frente. Os cães vivem nessas trincheiras com os soldados e fornecem um alerta precoce contra intrusos Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN
  • 2 de 11 Uma usina de energia é vista na cidade ucraniana de Kramatorsk, não muito longe da linha de frente do conflito Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN
  • 3 de 11 Soldados ucranianos sentam-se na traseira de um caminhão em Slov’yanoserbs’k Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN
  • 4 de 11 Soldados ucranianos vigiam sua posição na trincheira. “Um dos soldados apontou para o horizonte e disse: ‘Vê aquele monte? Os terroristas estão atrás daquele monte'”, disse o fotógrafo Timothy Fadek. “Eles se referem aos separatistas como terroristas.” Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN
  • 5 de 11 Um olhar dentro de uma trincheira ucraniana na linha de frente Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN
  • 6 de 11 Um agricultor em Muratova corta madeira enquanto os membros da família a recolhem para vender a uma base militar ucraniana próxima Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN
  • 7 de 11 Os soldados ucranianos com quem Fadek passou um tempo estavam extremamente relaxados, segundo ele. “Eles abraçaram a inevitabilidade” Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN
  • 8 de 11 Uma mulher vende peixe seco na estrada que leva a Kramatorsk Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN
  • 9 de 11 Um soldado ucraniano ajusta sua máscara de esqui para enfrentar o frio da região Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN
  • 10 de 11 Soldados esperam em seus postos nas linhas de frente Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN
  • 11 de 11 Um soldado caminha com cães em uma trincheira da linha de frente. “Eu estive nas trincheiras muitas vezes antes no verão”, contou Fadek. “Esta é a primeira vez que foi no inverno. Como as trincheiras e a paisagem estão cobertas de neve, me lembra as trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Miséria fria Crédito: Timothy Fadek/Redux for CNN

Mesmo não concordando com a origem do ataque, todos estão 100% convencidos de que ele acontecerá.

“Eles se resignaram”, continua o fotógrafo. “Mas estão extremamente relaxados. Não há uma pitada de nervosismo em seus rostos. Todos estão prontos para lutar, prontos há muitos anos. Mas eu perguntei: ‘Vocês querem esta guerra?’ E eles responderam: ‘Claro que não’”.

As tensões entre a Ucrânia e a Rússia estão em seu ponto mais alto, com um acúmulo de tropas russas perto da fronteira estimulando temores de que Moscou possa iniciar em breve uma invasão. O Kremlin negou que esteja planejando atacar, argumentando que o apoio da Otan à Ucrânia constitui uma ameaça crescente no lado ocidental da Rússia.

“Em Muratova, uma cidade ucraniana a cerca de 20 minutos de carro das linhas de frente, as pessoas estão muito mais preocupadas do que os soldados”, revela Fadek. Mas também parecem conformadas com o seu destino.

“Quando perguntei a um fazendeiro o que ele pensa sobre a possibilidade de um ataque, ele deu de ombros.”

“Vai acontecer. E não não há nada que alguém possa fazer para impedir.”

Fonte: CNN Brasil

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