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Gás de cozinha volta a subir e já acumula alta de 3,5% em outubro

O gás de cozinha voltou a subir na semana passada – 1,5% na comparação com a semana anterior – e já acumula alta de 3,5% no mês de outubro, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

O preço mais alto foi encontrado em Rondônia, no município de Cacoal, na região Norte, a R$ 135 o botijão de 13 quilos de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), e o mais baixo em Cariacica (ES), a R$ 75,99. O preço médio ficou em R$ 101,96, em comparação com R$ 100,44 na semana anterior

A gasolina teve alta de 0,6% na comparação semanal de 17 a 23 de outubro e de 4,4% na mensal, enquanto o diesel já diluiu boa parte do último aumento, em 28 de setembro – após 85 dias sem reajuste –, e subiu 0,1% na semana e 3,7% no mês.

A gasolina e o GLP foram reajustados nas refinarias da Petrobras em 9 de outubro, sendo o maior impacto registrado na semana de 10 a 16 de outubro.

O encarecimento dos combustíveis no Brasil segue a disparada dos preços do petróleo e derivados no mercado internacional, operando no nível de US$ 80 o barril, em um momento de forte desvalorização do real ante o dólar, o que resulta em pressão dos preços dos combustíveis ao consumidor. Já existem projeções de que o preço da commodity possa chegar aos US$ 100 o barril ainda neste ano, impulsionado pela retomada da economia com o avanço da vacinação, principalmente se a atual política de restrição da produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) continuar. O barril do petróleo tipo Brent fechou na sexta-feira (22) em alta de 1,09%, a US$ 85,53

Por sua vez, o dólar encerrou a sexta-feira em queda de 0,24%, a R$ 5,65, no contrato para vencimento em novembro. Apesar do recuo, motivado por declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que permaneceria no cargo “até o fim”, a moeda americana acumulou na semana alta de mais de 3%. O real tem sido pressionado pela instabilidade política e econômica do país, com índices de inflação e de desemprego elevados, levando à queda de renda da população.

A alta dos combustíveis tem sido frequente preocupação do governo, tanto pelo impacto na inflação como pela insatisfação da sociedade, principalmente os caminhoneiros, categoria que apoiou a eleição do presidente Jair Bolsonaro e ameaça fazer uma greve a partir de 1º de novembro. Algumas soluções para reduzir o preço dos combustíveis estão sendo cogitadas, como a criação de um fundo estabilizador formado por recursos de royalties e dividendos da Petrobras, além de possíveis subsídios ao gás de cozinha para a população de baixa renda, mas nada foi anunciado oficialmente ainda.

Fonte: Agência Estado

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