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Empresa usou nome de Alexandre Frota para vender máscaras a Doria

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado recebeu documentos que fazem parte de um inquérito da Polícia Civil de São Paulo que investiga denúncias de compras irregulares de máscaras de proteção contra covid-19 pelo governo de João Doria (PSDB).

O inquérito apura a conduta de uma empresa que teria usado o nome do deputado Alexandre Frota para vender máscaras ao governador paulista. As investigações apontam que a venda teve a participção de duas empresas intermediária, a Smart Produções e a Fismatek.

A investigação apura ainda possíveis crimes de lei de licitação, uma vez que os equipamentos teriam sido comprados com dispensa de licitação sob a justificativa de se tratar de uma compra emergencial para o combate à pandemia.

A ex-diretora da secretaria da saúde, Adriana Paschoalin, afirmou em depoimento à corregedoria do Estado que quando procurava fornecedores para a compra das máscaras recebeu uma ligação de uma pessoa com o nome de Maurício.

O contato se apresentou como assessor do deputado Alexandre Frota e afrimou que envaria uma proposta para a venda dos equipamentos de proteção. De acordo com o inquérito, o assessor é Maurício Andreotti Vaz, representante da Smart Produções, uma empresa especializada em produção de vídeos, que tem a mulher de Frota, Fabi Frota, como apresentadora.

Segundo o documento, Smart e Fismatek foram intermediárias para a Formed, empresa que comercializa equipamentos de proteção. Um contrato de R$ 104 milhões para a compra de 36 milhões de máscaras foi feito pelo governo de São Paulo em nome da Formed. Conforme o inquérito, o negócio previa a entrega do primeiro lote de máscaras em 8 dias.

O governo de São Paulo, por meio de nota, afirmou que “é mentirosa a informação de que a Secretaria de Estado da Saúde destinou 104 milhões para empresa que estaria ligada ao deputado Alexandre Frota.”

“O contrato de compra de máscaras junto à empresa Formed sequer foi efetivado. O contrato foi cancelado em sua fase inicial pelo descumprimento e indisponibilidade de produtos em termos quantitativos e qualitativos, conforme publicação em Diário Oficial do Estado no dia 7 de julho de 2020”, afirmou o governo em nota. 

“Portanto, não foi disponibilizado nenhum centavo de dinheiro público para compras destas máscaras. Além disso, a empresa foi multada em R$ 1.740 milhão pelo descumprimento do contrato e o recurso está em análise.”

Fonte: R7

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