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CRM constata superlotação e estoque reduzido de medicamentos no Hospital de Trauma de Campina Grande

O Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) fiscalizou, nessa segunda-feira (14), o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande. Na vistoria, foi constatado um número excedente de pacientes à capacidade do setor de urgência e emergência (ala vermelha).

O setor, que possui sete leitos, estava com 16 pacientes internados no momento da fiscalização, sendo quatro intubados. Parte dos pacientes estava aguardando vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria.

Na área Covid-19 do hospital, há 15 leitos de enfermaria, estando oito ocupados; cinco leitos de UTI (todos ocupados); e cinco leitos de Unidade de Decisão Clínica (UDC), estando um ocupado no momento da vistoria. Há disponibilidade de onze respiradores mecânicos, sendo um para transporte. A entrada da ala Covid é distinta da entrada dos demais pacientes.

Quanto aos medicamentos, foi verificado estoque reduzido e crítico dos mais consumidos neste período de pandemia, como os sedativos e anticoagulantes. Havia quantitativo de alguns suficiente apenas para cinco dias. Com relação a outros, como bloqueadores neuromusculares, morfina e antibióticos, havia estoque satisfatório.

Também foi observado que há disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPIs): máscaras cirúrgicas e N95, luvas estéreis e de procedimento, gorros, óculos de proteção individual, face shield e aventais descartáveis com gramatura de 30 g (o mínimo adequado seria 40 g).

A fiscalização constatou também que o bloco cirúrgico conta com seis salas de cirurgia, todas com estrutura adequada e em funcionamento, com disponibilidade de raio-x à beira do leito. A Unidade de Recuperação Pós-anestésica (URPA) possui seis leitos, estando dois ocupados no momento da vistoria.

Em relação aos exames complementares (tomografia, ultrassonografia, raio-x e endoscopia), são feitos durante as 24 horas, assim como os exames no laboratório de análises clínicas.

Em nota ao Portal Correio, o Trauma disse que é um hospital “porta aberta” e não pode limitar o número de atendimentos que presta a pacientes de 203 municípios. “Todos os pacientes são bem assistidos e alguns ficam no aguardo de uma vaga para enfermaria ou UTI”.

Quanto à constatação de estoque baixo de medicamentos, o Trauma disse que opta por tratamentos alternativos com outros remédios, sem prejuízo à assistência.

Fonte: Portal Correio

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