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Dólar sobe e se aproxima de R$ 5,80 com receio sobre 2ª onda; Ibovespa cai

O mercado retoma o tom de cautela nesta quinta-feira, 29, com os investidores avaliando os possíveis efeitos econômicos da segunda onda de coronavírus, que já levou a França e a Alemanha a decretarem lockdown. Em meio ao clima ainda tenso no mercado, o dólar abriu em alta no Brasil, chegando a ser negociado próximo dos 5,80 reais no mercado de futuros. No câmbio à vista, a moeda americana sobe 0,35% e é vendida a 5,783 reais. Na máxima do dia, a moeda chegou a 5,79 reais. Na bolsa, o Ibovespa caía 0,51%, às 13h03, para 94.886 pontos. Apesar das perdas dos grandes bancos, os papéis da Vale sobem e ajudam a atenuar as perdas do índice.

O que ajuda a conter o pessimismo no mercado são os dados da economia americana, que vieram melhores do que o esperado. Divulgado nesta manhã, o PIB dos Estados do Unidos do terceiro trimestre, que teve crescimento de 33,1% em relação ao trimestre anterior, quando a economia americana teve contração de 31,4%. A expectativa era de 32% de alta no período.

Outro dado que ajuda a manter alguma esperança sobre a recuperação da maior economia do mundo foram os pedidos semanais de seguro desemprego, que caíram para a mínima desde o início da pandemia. Na semana, foram registrados 751.000 pedidos contra a estimativa de 775.000. Os números da semana anterior, porém, foram revisados para cima, para 791.000. No mercado americano, o índice S&P 500 sobe 0,5% e o Nasdaq, 1, enquanto o Dow Jones segue próximo da estabilidade.

Apesar da alta das bolsas americanas, o mercado europeu caminha para fechar de forma mista. Ainda que a busca por oportunidades após as recentes desvalorizações tenha ajudado a manter os índices CAC (francês) e DAX (alemão) no campo positivo, a bolsa da Espanha se destaca negativamente recuando cerca de 1%. Mais cedo, o principal índice espanhol, o IBEX 35 chegou a cair mais de 2%. Segundo o El País, quase todas as regiões do país ibérico devem fechar suas fronteiras ainda nesta semana.

Na bolsa brasileira, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2022 caem cerca de 1,4%, após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a taxa Selic estável em 2% e deixar a porta aberta para novos cortes, ainda que considere que “o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”. O comunicado contraria a expectativa contrariou a expectativa de alguns investidores, que esperavam uma sinalização de alta de juros para as próximas reuniões. No comunicado, o Copom também disse que vê os dados de inflação com “atenção”, mas voltou a dizer que o efeito inflacionário é “temporário”.

Também houve decisão sobre taxa de juros na Europa, onde o Banco Central Europeu (BCE) manteve tudo como estava. No mercado, se especula que o BCE possa reforçar os estímulos econômicos para atenuar os efeitos da pandemia no continente.

Fonte: EXAME

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