Impasses e desencontros impediam a realização da nova Feira Central de Campina Grande
Imagem: Josenildo Costa
A 51ª sessão ordinária da 3ª sessão legislativa da Câmara Municipal de Campina Grande, realizada nesta quarta-feira (7), em formato híbrido, presidida por Marinaldo Cardoso (Republicanos) e secretariada por Carol Gomes (UNIÃO), contou com a presença de 20 vereadores.
A Feira Central de Campina Grande, localizada em uma área central de aproximadamente 75 mil metros quadrados, é reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil. Há anos, tanto seus gestores quanto a população almejam uma tão sonhada reforma temática e definitiva para o novo mercado central da Rainha da Borborema, como é conhecida a cidade. No entanto, impasses e desencontros têm sido os principais obstáculos, hoje, que impedem a concretização dessa nova feira, importante na terra do Maior São João do mundo.
Entretanto, a concretização desse projeto tem esbarrado em impasses e desencontros entre os envolvidos. Divergências sobre a forma como a nova feira deve ser estruturada, a distribuição dos espaços entre os comerciantes, bem como questões burocráticas e financeiras têm dificultado o avanço dos negócios.
Além disso, a falta de consenso e de um planejamento efetivo contribuíram para prolongar a espera por essa reforma tão necessária. A população, ansiosa por uma feira moderna e atraente, tem expressado sua presença diante do impasse e da não realização desse projeto.
Enquanto os impasses persistem, a Feira Central de Campina Grande continua a enfrentar os desafios do seu funcionamento diário, sem as melhorias alcançadas e temáticas esperadas. A cidade, espera ansiosamente pela concretização desse sonho de uma nova feira, que poderá proporcionar uma experiência ainda mais rica para os visitantes e fortalecer a identidade cultural da região.
Cabe aos gestores, autoridades locais e demais envolvidos encontrar soluções que possam superar os impasses e desencontros, buscando o consenso e avançando nas conquistas. A realização da nova Feira Central de Campina Grande não atenderá apenas às expectativas da população, como também contribuirá para o desenvolvimento econômico e turístico da cidade, consolidando-a como um importante destino cultural do país.
FEIRA CENTRAL
Alexandre Pereira (UNIÃO) sobre a feira central, o vereador voltou a dizer que não acredita na reforma da feira, pois presenciou diversas vezes os próprios feirantes solicitando mudanças de projetos concluídos, e por isso, não acredita na sua reforma.
Ele disse que isso não é por culpa dos gestores, mas por causa dos interesses de quem ocupa o local, como exemplo, de feirantes que possuem mais de três barracas e não irão concordar com as mudanças que precisam ser feitas. Alexandre ainda acrescentou a situação em que a feira se encontra no momento, se referindo a sujeira e o descaso.
Pimentel Filho (PSD), sobre a feira central, disse que ele e muitas pessoas não acreditam na reforma, mas que existe disponibilidade financeira e recursos para realizar a obra, se referindo à aprovação das contratações de crédito. O vereador disse que o que se precisa na cidade são prioridade e ética dos investimentos.
Olimpio Oliveira (União), com relação à reforma da Feira Central, disse que acredita no discurso do prefeito com a intenção de fazer a obra, mas que começou errado, ao não conversar com os feirantes. Além disso, se existiu diálogo com alguns representantes, o vereador disse que não tem a pretensão de ser a grande representação do povo, sem haver diálogo com a população.
Luciano Breno (PP) sobre a Feira Central, o vereador disse que na época do prefeito Romero
Rodrigues, acompanhou ações no local, onde conseguiram sinalizar, recapear e asfaltar, suprir a necessidade com banheiro químico, mas que de fato existe uma dificuldade para todos os gestores.
Luciano disse que é preciso ter consciência do possível e da forma que é preciso conduzir. Por isso, diante das problemáticas, o vereador ressaltou que ao invés de estar politizando o tema, esse é o momento da Casa Legislativa se unir, como se uniram para conseguir recursos e soluções para a duplicação da BR 230.
SAÚDE
Alexandre Pereira (UNIÃO) disse que recebeu no último final de semana informações a respeito do Hospital Emergência e Trauma de Campina Grande. O vereador apresentou as imagens de pacientes em macas aguardando por um leito na recepção e da estrutura do hospital, como tetos quebrados.
Ele acrescentou que apesar da importância do Hospital, é preciso que se informe que não é ‘mil maravilha’ e que há quem diga que o caos está instalado apenas na gestão municipal.
Ele informou que as imagens foram enviadas por profissionais do hospital.
Ele também apresentou a divulgação de uma matéria, em um blog, que trata de denúncias semelhantes do local. Alexandre relembrou a Operação Calvário e disse que deveriam trazer à memória como o atual governo chegou ao poder.
Olimpio Oliveira (UNIÃO) deu continuidade ao tema da saúde e questionou qual a maior prioridade hoje da cidade. E informou que leu todas as contratações de investimentos aprovadas na Casa Legislativa de Campina Grande, de autoria do Poder Executivo e não encontrou nada sobre o tema da saúde nos três projetos que orçam em torno de 300 milhões de reais.
O vereador ainda citou o hospital materno-infantil mencionado pelo prefeito na Tribuna da CASA, pontuando que Bruno gerou expectativas e não tratou a respeito da finalização do hospital. Sobre os recursos para a construção do novo hospital, ele questionou sobre o planejamento dessa obra, uma vez que não consta nos investimentos aprovados. Por fim, disse que essa é a obra que deve estar na prioridade da gestão e nos projetos que já foram aprovados.
Olimpio Oliveira (UNIÃO) disse que entende que a obra do Hospital da Criança sendo entregue, tinha um impacto na eleição de qualquer pessoa. “Se o prefeito anterior errou, ao entregar a obra inacabada, Campina Grande não pode ser penalizada, se o prefeito atual não consegue concluir a obra”.
Luciano Breno (PP) tratou sobre as discussões anteriores relativas à saúde e explicou todo o trajeto relativo à construção do Hospital da Criança de Campina Grande. O vereador explicou que o processo de licitação da empresa foi legítimo, mas que ainda no governo de Romero Rodrigues houve um distrato entre a empresa e a gestão, com o resultado de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) realizado na gestão atual e o início de um processo.
Ele ainda relembrou que se reuniu com a bancada federal da Paraíba, junto ao prefeito, presidente da Câmara e outros vereadores, onde a bancada federal se comprometeu a encontrar soluções.
Jô Oliveira (PCdoB) a vereadora disse que tem recebido informações de que os exames que foram marcados no mutirão do Programa Saúde de Verdade, não estão sendo realizados.
Ela ainda acrescentou que as demandas que chegaram até lá, foram retiradas dos Postos de Saúde de pessoas que já aguardavam por atendimento.
TRIBUNA
Rostand Pb (PP), mencionou a importância de ir até as ruas, ouvir a população, assim como os vereadores fazem. Por fim, ele disse que quando as obras prometidas pela atual gestão chegarem, ele irá parabenizar.
Waldeny Santana (UNIÃO), está sugerindo a criação de um auxílio financeiro para moradores de rua da cidade de Campina Grande e que esteve conversando sobre a proposta com profissionais que trabalham na Secretaria de Assistência Social. A sugestão do vereador surge diante do acúmulo de pessoas nas ruas, formando verdadeiras Cravolândia na cidade e que existe a parte técnica, que será de responsabilidade da Secretaria, acrescentando os critérios necessários para ser beneficiada.
Com relação aos comerciantes da Praça Clementino Procópio, sugeriu o espaço do antigo Fórum Affonso Campos, para alocar a categoria, durante as reformas da praça. Waldeny informou que, haverá a assinatura da concessão do empréstimo de 50 milhões de reais e que irá fiscalizar a execução das obras que acontecerão.
Luciano Breno (PP) parabenizou o papel do vereador Waldeny Santana. Com relação aos comerciantes da Praça Clementino Procópio, já foram realizadas cinco reuniões com os representantes dos ambulantes do local e um dos pontos é a preocupação com relação à identificação de quem de fato é comerciante do local, já que a praça se tornou uma feira de troca. Luciano Breno informou que já está sendo viabilizado um local e convidou o vereador Waldeny Santana para participar da próxima reunião.
Jô Oliveira (PCdoB) fez solicitações e demandas para secretarias do município. Primeiramente, para a Secretaria de Educação, disse que tem recebido queixas de familiares lá em São José da Mata, que têm colocado que a Creche Municipal Karine da Silva, está sem fraldas há duas semanas e as famílias estão tendo que levar o material.
Para a Secretaria de Assistência Social, disse que existe uma relação de 19 entidades que recebem subvenções do município, mas que recebeu uma queixa de uma das entidades que denunciam o atraso no repasse da subvenção.
Com relação à Secretaria de Agricultura, apresentou fotos que acompanhou no Distrito de São José da Mata, na comunidade do Covão, que solicitam acesso à água, uma vez que está há quatro meses sem receber abastecimento por carro-pipa.
Por fim, sobre o São João de Campina Grande, trouxe o fato acontecido com o cantor Flávio José, lamentando o ocorrido e destacando que os artistas que representam a tradição da festa e da cidade, não estão sendo respeitados. Além disso, falou que anda na cidade e tem acompanhado o lamento de todas as pessoas que historicamente construíram o São João e estão fora da festa. “É importante que a CASA se levante em defesa dessas pessoas.
Alexandre Pereira (UNIÃO) inicialmente parabenizou a vereadora Jô Oliveira que estará doando 150 refeições em São José da Mata, demonstrando compromisso e liderança.
Com relação ao tema trazido sobre o São João e o ocorrido com o cantor Flávio José, o vereador destacou que é notório o respeito por esses cantores, mas que diante da proporção da festa, é preciso atender o público local e regional, visto que se não se faz uma festa em nível nacional, naturalmente diminui a quantidade de pessoas que vão participar do evento.
Como sugestão, ele disse que poderia ser criado um espaço para a apresentação apenas desses artistas, principalmente para contemplar os turistas que se interessam apenas pela apresentação dos músicos regionais. Por fim, acrescentou que será preciso tratar desses temas logo no início do próximo ano, para resolver antes do início das festividades.
Luciano Breno (PP) com relação ao tema das subvenções trazido pela vereadora Jô Oliveira, disse que dialogou com o secretário que se comprometeu a realizar a efetivação do pagamento dos valores e assim foi feito. Sabendo da informação que a vereadora trouxe, irá dialogar novamente.
Com relação ao sítio Covão, ele sabe que foi feita uma extensão e estão sendo atendidas 12 famílias com água da CAGEPA e a solicitação é que se atenda 32 famílias. Ele disse que irá trazer o nome das pessoas que já foram atendidas e que a vereadora pode enviar o nome das famílias que ainda não foram atendidas.
Anderson Almeida (MDB) questionou como se pode angariar dinheiro sem o projeto, se referindo ao hospital materno-infantil. Com relação ao hospital da criança que já teve suas obras iniciadas em Campina Grande e do Termo de Ajustamento de Conduta, o vereador disse que já existe o TAC na escola de Santa Rosa há alguns anos, mas só agora estão concluindo a reforma.
O presidente Marinaldo Cardoso encerrou os trabalhos convidando os parlamentares para a sessão ordinária da próxima terça-feira (13), a ser realizada em formato híbrido, a partir das 9h30.
Fonte: DIVICOM/CMCG