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O duelo das improváveis: Croácia e Marrocos superam expectativas e disputam o 3º lugar da Copa

A Copa do Mundo do Catar foi palco de zebras. Antes do início da competição, a seleção de Marrocos pouco era falada, apesar de ter Hakimi, do PSG, e Ziyech, do Chelsea, no elenco. A Croácia, um pouco mais temida por conta do vice-campeonato em 2018, era apenas a 11ª favorita nas casas de apostas. Contra todas as estatísticas, as duas seleções disputam o 3º lugar neste sábado (17), às 12h (de Brasília).

A seleção marroquina participou das edições do Mundial de 1970, 1986, 1994, 1998 e 2018 até chegar na melhor campanha da história da equipe, em 2022. Até o Catar, a melhor classificação do time, que possui pouca tradição no torneio, foi em 11º, em 1986. Com um técnico contratado há apenas três meses, as expectativas para o Marrocos na Copa eram baixas.

Walid Regragui entrou no comando da seleção e realizou grandes mudanças. O marroquino de origem francesa resgatou grandes nomes como Ziyech e Mazraoui, que foram cortados pelo ex-treinador por indisciplina, e alterou o sistema tático ofensivo para 4-3-3 e 4-1-4-1 para o defensivo. Nos amistosos antes do Mundial, o projeto de Regragui mostrava sucesso. Em três jogos, venceu em dois e empatou em um.

Apesar dos famosos Hakimi, Ziyech e Mazraoui, nomes menos conhecidos como o de Ounahi, Bono e Amrabat começaram a ganhar destaque. O que levou a seleção de Marrocos ao sucesso de ser a primeira seleção africana a alcançar a semifinal foi o trabalho em equipe.

“O crédito tem de ir para os jogadores. Só tentei criar um espírito. A Copa do Mundo é diferente de tudo. Preparei a mentalidade do time. O foco é em ser organizado e ter autoconfiança. Os jogadores acreditam no projeto, encontrei um grupo que acredita no país e em mim”, disse o treinador de Marrocos antes da semifinal contra a França.

Na estreia do Mundial, os marroquinos buscaram o melhor resultado contra a Croácia, que saiu como vice-campeã na Rússia 2018. Em um jogo difícil, conquistaram o empate. Nos outros dois jogos da fase de grupos, venceram contra a Bélgica e Canadá, e se classficaram em 1º lugar no Grupo F. Nas oitavas, derrubaram a favorita Espanha e, nas quartas, foi a vez de Portugal voltar para casa. Apesar da derrota contra a França, têm a chance de disputar o terceiro lugar.

Os croatas, por sua vez, também não eram favoritos pela disputa do “pódio” da Copa do Mundo. Em 2018, conseguiram chegar à final vencendo em apenas uma das três fases de mata-mata no tempo regulamentar. No Catar, conseguiram avançar na competição com ainda menos vitórias. Na fase de grupos, empataram duas vezes e, na fase de mata-mata, foram para os pênaltis em 2 dos 3 jogos.

Apesar de contar com nomes de peso como o de Modrić e de Perišić, o técnico Zlatko Dalić deu espaço para jogadores que estão começando no futebol, como é o caso de Joško Gvardiol. Assim como a seleção de Marrocos, a seleção europeia tem poucos jogadores que atuam nos maiores clubes da Europa.

O técnico da Croácia está no comando da seleção desde outubro de 2017. Antes, foi treinador de clubes com pouca expressão no futebol, como o Varteks, Rijeka, Dinamo Tirana, Slaven Belupo, Al Faisaly, Al Hilal e Al Ain.

Croácia e Marrocos se enfrentam neste sábado (17), às 12h (de Brasília), no estádio Internacional Khalifa pela disputa do 3º lugar da Copa do Mundo. A grande final entre Argentina e França acontece no domingo (18), às 12h (de Brasília), no estádio Lusail. 

Fonte: R7

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